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Metapoema



Poemas nascem, se reproduzem e morrem.
Poemas não têm fim.
Porque poemas são feitos para despertar pensamentos.
Alguém aí já viu fim de pensamento?

Pensamentos se enlaçam, se traçam, se amam.
Como amantes perdidos no amor da carne.
Mas sequer ligam se começam a se perder,
Aí é que começam a se achar!

Poemas devem ser assim, então.
Sem pernas, braços, tronco, cabeça.
Poemas podem ser natimortos, aleijados.
Mas não ouse dizer que eles têm fim.
Poemas são seres. E dos mais vivos!

Poemas riem quando nascem, riem quando morrem.
Morrer diferente, morrer não morrendo.
Porque morrer não é o fim.
Fim é acabar pra sempre. Morte não é fim.
Alguém aí já viu fim de poema?

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