Aquele matutino, primeirinho, o mais doce, a cantoria.
O que despertou todos os outros numa sinfonia.
Pareceu-me que carregou cada nota dentro de si.
Ele mora em cima do meu telhado, há algum tempo.
Há algum tempo passei a ouvi-lo, em contento.
A madrugada ia deitar em ponto crucial, temporal que caía,
Mas lá estava o bem-te-vi, cantando sua alegria.
Alegria de um novo dia que veio surgindo.
Isso também não devia ser o que sinto?
É triste escrever um poema triste sobre um bem-te-vi feliz.
Deus, minha testemunha ocular, bem sabe que não quis.
Mas o que eu posso fazer com essa que foi embora, madrugada insone?
Deus, ainda testemunha, bem sabe que é da alegria dele que tenho fome.
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