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Poesia de Pincel 2# — Camomila


Não sei em quantas rodas anda seu pensamento,
Mas acalento a ideia de não buscar.
Ao encontrar, por exemplo, não sei o que faria.
Se ia, se ficava, se deixava passar... Vou misteriar.

Um chá numa mão, letras na outra,
Doutra vida pude trazer aquela essência do meu ser
Que crê em você, quem achas que procura fazer disso
Não sobrar resquício
De fagulha de pensamento?

Poema vago, seu cretino, meu chá esfria.
Essa morna letargia devia me aquecer o chá.
Já se acaba a esperança,
Já cansa. Acabou?
Seu poema sem cabeça, sem pé nem esperança,
Quem foi que te criou?!

Obra: Taking Tea in the Drawing Room, de Arthur Hughes.

2 comentários:

  1. encantadora obra.. deixo aqui meu prestigio ao autor deste maravilhosa poema.

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  2. O que será que inspirou essa metalinguagem preguiçosa, será o sono ou a vontade da escritora de brincar com o próprio sentido da criatividade, tomando como tema a própria falta de criatividade? Nossa, agora eu me perdi, rs!

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