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Evasão



Tens o cheiro característico de memórias em combustão,
Aquelas lembranças que se diziam talhadas no coração.
Bailando livremente no movimento cálido das correntes,
Propensa a qualquer interferência ou mudanças divergentes.

Como se a liberdade fosse recém adquirida,
Corres solta pelo ar, desinibida.
Moldando o segundo plano com tuas curvas em cinza cor,
Ferves o ar ao teu interior, que grunhe de dor.

Como podes brotar de um ser tão bruto?
Ele, que com suas línguas amarelas engole tudo?
Queima sem ressentimentos os vestígios de papel,
Sobe o resultado em doces curvas para o céu.

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