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Voraz



O que antes era tua zona de conforto e torpor,
Se modifica aridamente no teu pesadelo em temores.
O vazio e o vácuo que antes tão macios e leves,
Transformaram-se em tão pesados e esmagadores.
Como? Quando? Onde? Por quê?

Confiavas nele como teu sepulcro sem odor,
Fazias dele a tua realidade, a tua vivência insensível.
O peso que carregas agora é aterrador.
Como? Quando? Onde? Por quê?

Tão leve às costas, tão suave à mente, tu clamas.
Faz de ti agora um ser inerte, que treme.
Tuas mãos em garras, teu coração lançado às chamas.
Como? Quando? Onde? Por quê?

Há como fugir do que implantaste tão profundo à alma?
Contemplas agora o leito de morte de sua realidade,
Transtorno e insensibilidade dos sentidos, tu perdestes a calma.
Como? Quando? Onde? Por quê?

As entranhas emaranhadas, dor fumegante.
Saia do túmulo com gritos inaudíveis.
A agonia da transposição é receosa, porém galante.
Como? Quando? Onde? Por quê?

Rasque os dedos, corte os pulsos, faça escorrer o sangue maldito.
Tão sujo e contaminado com teu próprio veneno.
Clandestinamente, tu permaneces no mesmo lugar, envolvido.

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