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Cromoexaltação



Já não possuo cores em meus véus,
Não há transparência em meus céus.
O cinza do sonho que em ti padeces
Não é o mesmo que a ti enriqueces.

Alcançando as mais escuras brumas com mil abraços,
E então, estarão rasgados todos os laços.

Estão cerrados os olhos para tons e cores,
Aqueles que exalavam sons e cálidos horrores.
Da mais longínqua terra possuis o fruto,
Do arco-íris real que te cobria, mesmo bruto.

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