A noite era clara e falha à campina,
Ferina sombra nas vinhas e linhas.
Cantavam grilos como os dois corações.
Dois pares de mãos se estendem no chão,
Não fosse a lua trazendo a luz que conduz
Um par à relva que chama macia as dermes amantes.
Falantes olhos percorrem a campina silenciosos,
Temerosos de que tudo acabe, quem sabe,
Fazendo tudo aquilo desmoronar.
Então fixos e prolixos, os olhos se amam e inflamam
Um no outro, um no outro.
"Faz de mim teu", "faz de mim tua"
Dizem os olhos.
E some a lua.
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